terça-feira, 15 de outubro de 2013



Para educadores:



O que é Autismo?



O autismo é uma perturbação do desenvolvimento que afeta o funcionamento normal do cérebro. Autismo está presente desde o nascimento e tem uma influência em como um indivíduo aprende. A pessoa é geralmente diagnosticada por volta dos três anos de idade e continua autista até a idade adulta. Indivíduos com autismo freqüentemente possuem dificuldade com as habilidades de comunicação, habilidades sociais, e raciocínio.


Os sintomas do autismo variam muito e podem incluir: o uso repetitivo de objetos, a incapacidade de comunicar com clareza, a resistência a mudanças na rotina, e dificuldade de interação social. Como os sintomas do autismo variam amplamente, é muitas vezes referido como um espectro.

As características mais comuns, porém não cruciais da síndrome, incluem: falta de contato visual, o distanciamento social, dificuldade em expressar as necessidades verbalmente, a repetição de palavras ou frases, e a resposta inapropriada ou diferente a estímulos sensoriais. É importante ter em mente que há uma mudança nos comportamentos ao longo do tempo quando a criança se desenvolve e aprende.

O termo Transtorno do Espectro Autista (ASD) é usado frequentemente para se referir a crianças com diagnóstico de:
Autismo
Síndrome de Asperger
Transtorno Invasivo do Desenvolvimento Não Especificado (TID)

Estes diagnósticos refletem diferentes graus de severidade em relação aos sintomas.

Não foi ainda identificada uma causa específica, embora o autismo parece ter uma base genética. Técnicas de suporte especializadas, treinamento e, principalmente, a intervenção precoce pode ajudar a dar aos indivíduos com autismo as ferramentas necessárias para que eles levem uma vida significativa e produtiva.

Fonte: Powers, M. D. (2000). Crianças com Autismo: Um Guia dos Pais. (2 ª Ed). Bethesda, MD: Woodbine House.



O que é a prática educacional inclusiva.



Educação inclusiva significa que cada criança tem a oportunidade de aprender em escola de sua escolha. Todas as crianças são bem-vindas para a escola e irão aprender juntas em uma sala de aula regular.


A educação inclusiva se concentra na implementação das melhores práticas para crianças com necessidades especiais dentro da sala de aula regular. Dentro de salas de aula inclusivas, todas as crianças tem a oportunidade de interagir e aprender com seus pares.

Ambientes inclusivos podem aumentar a oferta de oportunidades de interacções sociais para as crianças com autismo e por sua vez, melhorar as habilidades sociais desta população. Interagir com seus pares dá aos alunos com autismo a oportunidade de praticar habilidades de comunicação, desenvolver amizades e ver como se comportam os colegas nas situações do dia a dia.

As pesquisas têm demonstrado que os colegas podem ajudar a ensinar habilidades sociais para alunos com autismo. Para que isso aconteça, as atividades deverão ser devidamente estruturadas; informação sobre autismo e como interagir com a pessoa autista tem de ser disponibilizada aos colegas, e os professores têm que guiar ativamente as interações e reforçar os esforços de interação entre os alunos com autismo e seus colegas (Wagner, 1999).

Os colegas também se beneficiam por terem colegas com autismo em sala de aula. Quando os colegas de crianças com autismo são educados sobre o autismo, e lhes é dada uma oportunidade para atuar como tutores dos colegas / amigos, eles aprendem a aceitação e a empatia, agem como modelos, e se tornam mais conscientes sobre os pontos fortes e fracos de cada indivíduo.(Wagner, 1999).

Nos posts a seguir, estão incluídos uma variedade de planos de aula para ajudar os professores a educar os alunos sobre autismo assim como conscientizar sobre pessoas com necessiades especiais em geral. Como educador (a), você terá que julgar o nível de maturidade da sua classe e ajustar as discussões e atividades propostas ao nível de compreensão da turma. Por favor, lembre-se que não censurar perguntas e a honestidade nas respostas na maioria das vezes ajudam os alunos a entender e ter empatia.

Fonte: Wagner, S. (1999). Inclusive Programming for Elementary Students with Autism. Arlington, TX: Future Horizons, Inc.


Para crianças:



O que é Autismo?

Fale com as crianças sobre autismo sempre de uma forma positiva.


Quando dizemos que uma pessoa tem autismo é porque o cérebro dela funciona de forma diferente. Esta pessoa pode, em alguns momentos sentir e pensar de uma forma diferente da nossa.


Mas, a pessoa com autismo pode gostar das mesmas coisas que nós, como ir à praia, correr, pular e ter amigos. A pessoa com autismo pode ter alguns comportamentos que nós não entendemos, mas ela só está procurando entender o mundo à volta dela de uma maneira diferente da nossa. Algumas pessoas com autismo não conseguem falar, ou tem uma grande dificuldade para expressar o que estão sentindo ou precisando, por isso, elas podem se sentir frustradas e parecer que estão bravas.

As pessoas com autismo precisam muito da nossa ajuda e compreensão para poderem aprender sobre nós e nós sobre elas, assim poderemos ser todos amigos e descobrir pontos de vistas que jamais imaginaríamos.

Você pode ser amigo de uma pessoa com autismo! A pessoa com autismo nasce assim, é uma pessoa que vê e sente as coisas de maneira diferente desde o nascimento, você não pega autismo ou fica autista.


Ao professor: Se você tem criança(s) com autismo na sua sala de aula



Planejamento ColaborativoComo acontece com qualquer aluno, as crianças com autismo se beneficiam quando professores e pais estão na mesma página e os esforços em casa e na escola são mútuos (Organization for Autism Research, 2004). Antes do planejamento de uma aula, o professor deve primeiro reunir-se com os pais para discutir a possibilidade de uma aula para a classe sobre autismo. É importante incluir as idéias da família, e se for o caso, incluir também as idéias do aluno sobre autismo. Explique porque você acredita que uma aula sobre autismo beneficiaria os colegas e o aluno; e qual é o resultado esperado.

Os pontos de discussão a seguir, ajudarão a assegurar que todos os envolvidos, professores e família, estejam satisfeitos com o plano.

1. O seu filho sabe que ele tem autismo?
2. Você se sente confortável com a classe saber que o seu filho tem autismo?
3. Você acha que uma apresentação para a classe seria benéfica?
4. Como gostaria de ser envolvido?
dando informações ao professor
ser parte da apresentação para a classe
dar informações por escrito ou por imagens sobre seu filho
sugerir que um outro membro da família participe da apresentação
5. Como você gostaria que seu filho seja envolvido?
dentro da sala e como parte da apresentação
dentro da sala como um ouvinte, mas não um apresentador
não estar presente para a apresentação
como co-apresentador
6. Alguma sugestão de estratégias úteis ou técnicas que possam ajudar na interação dos colegas com seu filho?
7. Existe alguma informação específica sobre o seu filho que você gostaria de compartilhar?

Com base no que a família espera, o professor pode planejar como fazer um plano de inclusão específico para seu aluno em questão.

Abaixo estão listadas alguns componentes básicos para o planejamento de aula sobre autismo:

1. Introdução
Aumentar a conscientização sobre a diversidade, as semelhanças e diferenças entre os indivíduos

2. Informações gerais sobre autismo
Fornecer informações precisas sobre o autismo e autistas e suas características. Use mídia variada e recursos impressos (folhetos) e/ou atividades “hands-on” para ilustrar as principais características.

3. Informações específicas sobre o aluno
Descrever ou ilustrar como o autismo afeta o aluno com autismo em sua vida cotidiana. Mantenha o tom positivo e inclua as habilidades ou interesses especiais em relação ao aluno com autismo. Você pode descrever os eventos em que a escola pode ser particularmente estressante para o aluno.

4. Sugestões
Fornecer aos colegas idéias específicas sobre a melhor maneira de como conhecer o aluno com autismo e como eles podem ajudar o aluno com autismo durante o periodo escolar.

5. Discussões
Dê tempo para a discussão aberta ou perguntas.

Follow-up
Você pode perceber a mudança de atitude dos colegas. Certifique-se de reconhecer os esforços dos alunos para apoiar a criança com autismo. Quando você ver os colegas usando as estratégias que foram discutidas incentive e afirme que você está aberto a outras questões que possam surgir.

Depois de completar a atividade, entre em contato com a família e comente os resultados do plano. A permanente comunicação com os pais é muito importante e ajuda a construir confiança e respeito. Comunicar-se regularmente com os pais sobre o progresso da criança e a participação dos pais no processo educativo ajuda os pais e professores a formam um grupo de trabalho forte em parceria.

Autores: Viviane Timmons, PhD; Marlene Breitenbach, MSEd, BCBA; Melissa Maclsaac, Med©
A pesquisa, intitulada Práticas Inclusivas para crianças no espectro autista, foi conduzida pela Universidade de Prince Edward Island em parceria com o Departamento deEducação Prince Edward Island, entre 2001-2005. Professores e auxiliares de educação que trabalham com alunos com autismo foram entrevistados pelos pesquisadores.Tradução: Marie Dorión Schenk


sábado, 12 de outubro de 2013


Pensamento Infantil - O desenho infantil




O vídeo mostra crianças de 3 a 5 anos que desenham enquanto falam sobre suas produções. O desenvolvimento de desenho infantil é pontuado pela educadora Monique Deheinzelin.

DEFICIENCIA INTELECTUAL E AS APRENDIZAGENS

A deficiência intelectual atua nas funções cerebrais, logo, influencia o desenvolvimento da inteligência. Esse funcionamento é mais lento, por isso, a inteligência se desenvolverá com atraso. Daí chamar-se "retardo".

Considera-se inteligente a pessoa que tem a capacidade de realizar aprendizagens e de se adaptar ás novas situações. Quando se fala em aprendizagens, não nos referimos somente às aprendizagens escolares, mas principalmente, aquelas que são básicas e que garantem sua sobrevivência, como por exemplo: vestir-se, alimentar-se, cuidar de si mesmo.

Dependendo da gravidade da deficiência, o deficiente intelectual terá maior ou menor dificuldade para aprender e necessitará de maior ou menor apoio das pessoas que o rodeiam. 

Quanto às aprendizagens escolares, o deficiente intelectual pode aprender tudo o que o que lhe for ensinado, desde que suas necessidades especiais sejam respeitadas. Podemos afirmar, então, que o deficiente (em graus leve e moderado) é uma "pessoa inteligente", porém, dentro de "suas limitações".

Que necessidades especiais são essas?

1- Aprender uma coisa de cada vez,repetindo-se até que consiga fazer sozinho, ou seja, adquira autonomia. 
2- Devemos ir direto ao ponto, sem muitos rodeios. Muitas informações, explicações ou pontos de vista os deixam confusos.
3- Se o que for ensinado tiver uma sequencia de procedimentos, ensinar passo a passo. Quando tiver dominado o primeiro passo, ensina-se o segundo, e assim por diante.. De tempos em tempos, revisa-se a sequência de passos, repetindo-a até que consiga fazer sozinho. E assim por diante.
4- Eles precisam trabalhar com conteúdos concretos, pois possuem muita dificuldade em abstrair, generalizar e relacionar.
5- Respeite seu ritmo de aprendizagem e de trabalho. A maioria dos deficientes intelectuais são mais lentos para aprender e para realizar uma atividade.
6Por sua própria condição, por questões ambientais e familiares, a maioria dos deficientes intelectuais apresentam carência de imagens mentais. Para que as aprendizagens escolares se realizem, é preciso que suas atividades sejam bastante ilustradas e com muito colorido para despertar-lhes o interesse.
7- Não exija o que ele não tem e não pode oferecer. O deficiente não pode realizar coisas que as pessoas "normais" fazem com a mesma velocidade e com o mesmo rendimento. Assim, na escola, a avaliação deve ser de acordo com o que foi trabalhado com eles. Mas, também, não é um incapaz. Eles apenas tem  limitações e dificuldade agora leiam com atenção os itens abaixo: 
8-  Ao ser avaliado na escola, deve-se levar em conta o seu esforço e rendimento dentro do que foi trabalhado com ele..jamais deve ser comparado com o restante da turma, pois, neste caso, sempre estará em desvantagem.9- Segundo os documentos oficiais, o deficiente intelectual tem direito a um currículo especial (mínimo, mas que garanta o prosseguimento dos estudos), aprendizagem apropriada e avaliação especial.( diferente da avaliação da turma).
10- Lembre-se que atender as necessidades educativas especiais dos deficientes não é "discriminação". É respeito à sua condição. Dar notas baixas porque ele não faz o que o restante da turma faz  ou deixar de ensinar-lhe, é que é discriminação. 
11- Elogie sempre e muito. A cada acerto faça uma "festa". Eles precisam sentir que são valorizados.. Com isto, a auto-estima e a autoconfiança melhoram muito.
12- Tenha paciência e seja perseverante. As coisas não se resolvam rapidamente. Mas, não desista nunca.
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